terça-feira, 31 de maio de 2011

O bálsamo luzente dos fogos


É noite ainda
Escuto os rumores das borboletas
No bocejar da ferida que se abre
Na perplexidade de um céu proibido


Lambo a ferida
Pressinto o bálsamo luzente dos fogos
E no silêncio das rosas envelheço
Como um nómada
À procura de um empíreo qualquer
Que me aceite




Carlos Val

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Esboço-te...amor



Deixa-me adormecer
Antes que a noite se esqueça de nós
E o céu se cale na nossa boca
Onde a luz se esgota na medula
Dos dias sem ninguém

Ainda sinto as cassiopeias
Atravessarem-me o peito
Tão dóceis como o beijo
Que nunca me deste, senti-o
Nos vestígios fogosos
Do lado esquerdo da cama, onde
A sombra dos teus olhos se esconde

Carlos Val