segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ciclos utópicos

    


Deixa-te cair nos meus braços
Elevar-te-ei aos céus
O lugar é agreste, matizado
De cinzentos em expansões verdejantes
Filmemos o crepúsculo no círculo
Lento dos degraus semifechados
Apesar do declive não choverá

Deixemos a utopia para quando
Os corpos se dissiparem e as almas
Se fundirem

Elevar-te-ei quando a madrugada
Mergulhar no mar e os teus cabelos
Esfumarem-se na resina do meu tronco

Carlos Val