quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Salitre de mármore



Abrevio-me à beira mar
Sobre as algas aconchegantes
Enquanto ensaio percursos na ilusão
De te reencontrar

Quem me dera surgir da quietude
Dos rochedos, oferecer o meu corpo
À falésia e albergar a dor na penumbra
Do entardecer

Não sufocarei o cio da boca
Onde as palavras se dispersam
Num orgasmo mar a dentro

Gritarei por ti até que a morte
Me encontre nos teus braços
Neste salitre de mármore


Carlos Val

1 comentário:

Vanda Paz disse...

Soberbo este poema

Feliz Natal para ti

Beijo

Vanda Paz