Persigo-te com os dedos pela ausência
Das cores que escorrem pela parede
Dos despojos arrebatados do sono
Na boca brame um coração de papel
Como um pêndulo sem prumo
Onde o tempo se perde num surdo grito
O areal é apenas um viridário de espelhos
Onde se passeiam vozes em queda livre
O dedilhar de uma guitarra portuguesa
Traz-me um último gemido das tuas mãos
Carlos Val
3 comentários:
..."Passo a passo sem pressas
Recalco serenamente a areia macia da praia
Desfaleço um sorriso
Na contemplação dos gestos envoltos
Em crianças e pais
Sem medos que o tempo se esgote
Porque o tempo escondeu-se por instantes
No ribombar do trovão ameaçador
E baila com o fulgor"...
Parabéns pelo blogue. Seguirei com atenção.
Abraço
Um poema provocante. Li mais que uma vez pra re-sentir o prazer de ler um excelente poema.
"...um último gemido das tuas mãos"...é excitante, caro poeta. Gostei demais da conta!
Beijos!
são belíssimos seus poemas, fico sem palavras.
beijinho.
Isa
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